Sabe aquela sensação de insegurança, desvalorização e medo que sentimos em algumas situações da vida? Ela pode ser reflexo da criança ferida que habita dentro de todos nós. Vamos falar sobre isso?
Será que o que move tuas decisões e reações hoje é a criança carente que você foi, ao invés do seu adulto atual? Você acha que a sua escolha profissional, seus relacionamentos e atuação no mundo foram ao acaso? Será que pessoas que escolhem trabalhar cuidando dos outros como, profissionais da área de saúde, educadores, babás e RH, por exemplo, tem o desejo de salvar, de cuidar, tem algo em comum, tipo vontade de ser aceito? Ou os que escolhem liderar, decidir, podem ter o desejo de serem obedecidos? Será que isso é por acaso?
Olha, penso que não! Creio, e estudos comprovam, que todas as nossas escolhas, das mais simples as mais complexas, que tudo o que mais buscamos na vida, não importa nossa idade, cargo ou escolaridade, é sempre aprovação, aceitação, reconhecimento, enfim...afeto.
Só que quando não desenvolvemos nosso autoconhecimento, a gente fica esperando de fora e dos outros este afeto, esta valorização, este colo e está aprovação. É daí que entramos numa postura de vítima e acionamos nossa criança interior. O antídoto é entrar no adulto e dar a nós mesmos este reconhecimento.
No entanto, nossa criança carente e ferida tende a nos governar. É um desejo infantil de não lidar com contrariedade, chateação, rejeição ou críticas. Nós achamos que o que pensam sobre nós nos define. Damos valor demais a opinião alheia e não toleramos nada que nos desagrade, porque parece que quando nos criticam, estão falando de quem a gente é e não do que a gente fez.
Tornamos eterno o que é temporário, tornamos pessoal o que é contexto, circunstâncias e processos distintos dos nossos. Ignoramos que todos somos legais e chatos a depender destas circunstâncias. Somos interdependentes e complementares. Temos luz e sombra, razão e emoção, adulto e criança.
Já reparou que todos nós damos sinais com atitudes quando queremos ou não determinada situação? Aguce sua percepção diante dos fatos e atitudes alheias e não permita que sua criança ferida domine sua intuição pois, por vezes, persistimos com determinadas pessoas, empregos, amizades por sermos dominados pela criança mimada “que quer muito aquilo, que chora e esperneia” pelo simples fato de ainda não termos maturidade de entender que, como seres de alto valor, com seus ouros internos, não deveríamos querer algo ou permanecer em lugares onde precisamos “provar” o tempo todo nosso valor e significado.
Vamos exercitar o autorrespeito e observar estes comportamentos para melhores escolhas!
Sim, a maturidade pode ser dolorida!
Ninguém aqui está pronto, ok? Ou seja, o processo será dolorido e, por horas, confuso. Para isso, sugiro uma procura contínua de autoconhecimento e reflexão constante dos pensamentos repetitivos e duvidosos que nossa jornada nos trará.
Ficaremos exaustos de tanto racionalizar e acabar tendo certeza sobre uma percepção não infantilizada de certas situações, afinal, os contos de fadas são uma delícia não é mesmo? Porém, estamos aqui para vivermos a realidade e ela poderá ser linda e leve mesmo diante de situações de rejeição.
Mas, como assim Lucimar? Basta aprendermos a não ativarmos aquela criança ferida toda vez que algo desagradável nos aconteça. Fácil não é! O caminho da maturidade é dolorido sim e exige muita coragem para ser trilhado com maestria. Por isso, estou aqui para contribuir com este processo. Vamos nos conhecer galera!
E como é a criança ferida no profissional?
Me diz aí, como é ser um chefe com uma criança interior ferida e mal amada? E como é ser um RH assim? E um colaborador assim? O que fazer para nutrir está criança? Ser protagonista. Desenvolver o accountability?
As empresas são os lugares onde mais podemos observar comportamentos infantilizados, parece que todos estão precisando, o tempo todo, receber algum “confete” sobre seus feitos e vivem uma eterna “guerra fria” de provação entre colegas de equipe.
Agora, me explica, se seu cargo tem um determinado escopo e você o realiza corretamente, isso já é o combinado certo? Então, por qual motivo percebemos que muitos precisam receber elogios ou palmas o tempo todo? Ah, talvez seja a criança ferida! Querer receber de um contexto externo, aquilo que a pessoa não se deu: o valor próprio!
Eu sei que é duro observar estes pontos e, que fique bem claro, não é para aceitarmos tudo o que nos impõe e, sim, não reagirmos de maneira infantil com explosão, vitimismo e afins. E sim, ao percebermos determinadas incoerências, estudarmos a situação tirando apenas a emoção e estruturando melhor um plano para mudar o cenário ou até mesmo partir daquilo!
Vamos dialogar sobre? Você é aquele que culpa todos por sua situação atual?
Ou consegue observar que todos dentro de uma empresa estão seguindo regras? Conta aqui para mim!
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